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quinta-feira, 14 de maio de 2015

Eu creio que o espírito manso de Dodonha a fez Bem Aventurada!


Foto: Facebook de Poliana Raposo.

Viver e morrer são situações que parecem tão distantes, mas são tão próximas, e às vezes quando vivemos a situação "morte" em casos específicos, o sentimento e a experiência do momento, do caso específico, nos ajuda a ensinar muitas coisas que até então não havíamos aprendido. 

Hoje, 14 de maio de 2015, me sinto assim, com um novo aprendizado acerca do sentimento humano quando assiste a morte de alguém, que às vezes nem conheceu profundamente, mas a imagem construída pela aparência, a interpretação pessoal elaborada durante os anos de visualização também servem para definirmos um tipo de saudade, talvez diferente daqueles que estão envolvidos no processo de convivência de quem morreu. 

Falo da partida da professora Conceição, Dodonha, como todos a conheciam. 
Nunca tive intimidade com ela. Da família conheço os sobrinhos e sobrinhas, com os quais já convivi em alguns momentos que a vida nos oferece. Mas, ela, apesar de ser colega, nunca tive nenhuma aproximação sequer. 

Porém, a sua imagem é viva na minha memória: 
Aquela mulher de silhueta admirável aos olhos da estética atual, de corpo esbelto e cintura bem definida; de elegância sublimar na maneira de vestir-se. Externamente eu poderia lhe desenhar desta forma. 

Não! Mas, eu não quero apenas desenhar a sua embalagem amorenada, vista por muitos como defeito e por mim como um enfeite. Eu quero também delinear o que senti da sua alma. Não era só o corpo que eu via passar, que às vezes eu encontrava na missa, no patamar da igreja matriz de São João Batista e Nossa Senhora da Conceição, nas escolas pelas quais passei enquanto aluna ou qualquer outra personagem dessa crônica surpreendente que é a vida e lá eu via aquela figura, na maioria das vezes silenciosa e calma. 

Pronto, encontrei a definição mais correta: silenciosa e calma. Era assim que os que creem nisto, provavelmente viam a sua "áurea". Eu prefiro dizê-la com "espirito manso", aquele que Jesus colocou como especial lá no Sermão da Montanha e disse que quem a tivesse era BEM AVENTURADO. 

Eu creio que o espírito manso de Dodonha a fez Bem Aventurada! 

E é com esta frase que deixo as minhas condolências à família Lúcio, uma Genealogia que ao meu ver, marca as tradições culturais da nossa Terra Apodi. 

Por Mônica Freitas 

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