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segunda-feira, 20 de abril de 2015

IPHAN atende requerimento do CHCTPLA em prol do resgate da história indígena de Apodi


Nesta terça-feira (14 de abril), dois representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) estiveram na cidade de Apodi, mais especificamente na sede do Centro Histórico Cultural Tapuia Paiacu da Lagoa de Apodi (CHCTPLA) para fazer o reconhecimento de área de aldeamento em nosso município.


Lúcia Tavares juntamente com os membros do IPHAN

A visita do IPHAN foi possível a partir de requerimento e notificação feita pela Presidente do CHCTPLA Lúcia Tavares no ano de 2013, que foi à sede do instituto em Natal requerer a presença do mesmo, a fim de realizar um estudo arqueológico na área do Córrego das Missões, próximo às margens da Lagoa do Apodi, onde consta em relatos históricos que ali se fixava a aldeia dos Tapuias Paiacus do Apodi.


Lúcia Tavares no IPHAN em Natal/RN

A finalidade dessa primeira visita foi fazer uma vistoria em demanda do Ministério Publico Federal, para averiguar impactos na área. Iago Medeiros, um dos representantes do IPHAN, frisou que a vistoria visa analisar se a área se trata de fato de um sitio arqueológico indígena, para assim dá encaminhamentos às questões demandadas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Lucia Tavares, representante indígena autoafirmada e presidente do CHCTPLA acompanhou a visita. De antemão, esta informa que os representantes do IPHAN se sensibilizaram, ao perceber em uma primeira vistoria que a Lagoa do Apodi foi vítima de profundos crimes ambientais, e que se confirmada a veracidade da área indígena no Córrego das Missões, outras ações mais importantes serão demandadas pelo MPF.  

Ao falar sobre a presença do órgão no local, Lúcia Tavares reafirma o sonho de resgate da história dos Tapuias Paiacus e diz ser vital a vinda do IPHAN para realizar um estudo arqueológico no local. O representante do IPHAN disse ainda que o trabalho será de vistoria, para averiguar se algum tipo de degradação afeta a área, para assim realizar um relatório, e encaminhar aos órgãos competentes. 

Uma informação importante aos apodienses que porventura não entendam a presença do IPHAN para tal vistoria e que interpretem o fato de forma distorcida: esta ação do IPHAN é voltada unicamente para o estudo do Córrego das Missões enquanto área indígena. Nada disso está vinculado à ideia de mobilização para a reconquista do local como “terra indígena”. Apenas há o desejo de se resgatar e afirma cientificamente que ali, antes dos colonizadores portugueses chegarem era uma aldeia tapuia.

Lúcia Tavares bem frisou “Não estamos querendo tomar terra de ninguém, apenas que nosso direito seja reconhecido”, o que não descarta o objetivo do CHCTPLA ter em seu âmbito de atuação enquanto entidade de utilidade pública municipal e estadual, o desejo de que os remanescentes tapuias paiacus sejam ressarcidos pela invasão às terras de seus troncos genealógicos no século XVII.

Por Mônica Freitas



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